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Os Benefícios Da Educação Financeira Na Saúde E No Rendimento Do Trabalhador

Isso gera descontentamento, queda na produtividade e, por consequência, aumento na taxa de rotatividade de funcionários.

No Brasil, apenas uma mínima camada da população, algo em torno de 0,5%, tem acesso a aconselhamento financeiro de qualidade. Seja para cuidar do seu orçamento pessoal, se orientar a respeito de financiamentos, empréstimos, seguros ou mesmo para investir suas reservas. Essa situação amplia a desigualdade de renda e de oportunidades existentes no país.

No caso das empresas, temos ainda outras consequências dessa realidade, por exemplo, o profissional, muitas vezes bem remunerado, tem uma visão distorcida da sua renda e, logo, sobre o seu bem-estar financeiro pelo fato de não saber lidar bem com suas finanças pessoais. Isso gera descontentamento, queda na produtividade e, por consequência, aumento na taxa de rotatividade de funcionários.

É importante enfatizar que profissionais com baixa saúde financeira apresentam menor produtividade, maior absenteísmo, gastam até 14 horas semanais cuidando das suas finanças e tem duas vezes mais intenções de trocar de emprego (PwC 2022). O que, além de afetar os resultados da instituição, impacta diretamente as relações interpessoais.

Número de divórcios no Brasil

Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o número de divórcios no País cresceu 75% em cinco anos e, em 2021, o total saltou para 7,4 mil apenas em julho, um aumento de 260% em cima da média de meses anteriores. Detalhe importante: a principal causa para isso são as questões relacionadas à dinheiro.

Assim, pontuo constantemente que educação transforma a sociedade como um todo. Quando se fala em educação financeira estamos falando de pessoas menos endividadas, mais controladas, felizes e capazes de tomar decisões pessoais e profissionais acertadas. Além disso, essa democratização está intimamente ligada a temáticas da saúde mental.

Dados da International Stress Management Association (ISMA-BR) apontam que em 2019, 73% dos brasileiros indicaram os problemas envolvendo dinheiro como a principal fonte de tensão. Em 2021, esse total subiu para 78%. Além disso, um estudo feito pelo instituto britânico Money and Mental Health mostrou que os problemas financeiros são os maiores causadores de transtornos como ansiedade, depressão, estresse e insônia.

Por isso, entendo que ao investir em educação e bem-estar financeiro, o empregador está na verdade ajudando o seu empregado a enxergar e gerir melhor a sua real situação financeira, o que tem consequências positivas para ambos os lados. Já aconteceu na saúde física, na saúde mental e é um movimento que está começando agora na saúde financeira.